Esperança

Talvez, na estrada turva da vida,

Eu possa um dia te esquecer.

E na espera dessa hora, que me anima,

Passo a te querer, cada vez mais.

Se, enfim finda essa hora perdida,

Creio poder respirar em paz...

E andar pela vida sem trazer

Nos olhos, essa angústia devida,

Que aos poucos me desfaz.

Cantando, então, passarei por ti, sem te notar.

E só arrastarei comigo, sem penar

Uma branda saudade e nada mais.

Publicado no livro "Dê corações abertos" em 1991

contato emarreiro@gmail.com

Ellen Marreiro
Enviado por Ellen Marreiro em 16/01/2010
Código do texto: T2032770
Classificação de conteúdo: seguro