Lua cheia
Onde ocultei o silencio d’alma
Nuvens escuras, névoas claras
Desnuda
Maré alta, vento sudoeste
Arrebata, envolve, mente, promete
Amantes e poetas
Feiticeiros e sonhadores
Parias e devotos

Já tracei planos, meneios, deixei-me levar pelos volteios da ilusão.
Procurei doçuras, rosas sem espinhos, não vi os sinais apontando o caminho.
Na cegueira absurda dos apaixonados, visionários, enluarados, enfeitados de estrelas cintilantes, morri mil vezes.

Minguando o doce que restava no céu da minha boca. 
Dilema. Manto cor de framboesa e amoras silvestres, terra molhada, grama recém aparada,  uvas doces e coração amargo.
Quarto crescente, desejo indecente na pele molhada.
Para finalmente surgir nova e refeita.
Escorrendo plena, por mares, oceanos, dando voltas e voltas. Senhora dona do mundo. Lua.







 
Giselle Sato
Enviado por Giselle Sato em 24/01/2010
Reeditado em 05/09/2018
Código do texto: T2048715
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