Ecos de ontem
Ecos de ontem
Em cada palavra ouvida
Contém-se um novo desejo
De então sufocá-la num beijo
Tão longo e febril quanto a vida
Em cada tímido gesto
Gravado como um fotograma
Reconheci que não presto
Peço o sursis de quem ama
Sei que parece absurdo
Repito-o dentro de mim
O peito parece estar surdo!
Nele, há um grito sem fim
Um eco que não dissipou
Mas que se faz mais audível
No oco de quem nunca amou
Cala-se amor impossível
(Djalma Silveira)