O inevitável do amor
O que você acha da eternidade
De dois corações com desejo e vontade?
Eu que me pergunto
Para onde o amor vai caminhar
Não respondo depressa
Pois não há como articular
Como é estranho sentir
E ter a consciência
De que tudo pode terminar
Mas eu não quero te perder
Mesmo que eu te perca
Essa contradição tão legítima
De quem só quer estar bem perto
A cada respiro, a cada suspiro
A cada gracejo, a todo momento
O que é preciso
Para iludir a ilusão
Eu não quero deixar de mudar
Não quero te ver apenas de um jeito
Mas também não quero abandonar
A sensação de descanso em um leito
Será que vai chegar o dia
De eu trazer da rua
O salgado que você mais gosta?
E que tipo de ternura apaixonada vai brotar
Depois que eu souber de cor suas manias?