O AMOR ...
A MAIS LINDA FLOR.

Ela seguia sua viagem navegando
e surfando
pelas linhas sinuosas se seu passado
mais recente que lhe trazia a beleza das
lembranças
que não se comparavam mais com
o presente
porque os momentos estavam oblíquos
em seus
pontos de vista sobre o amor e suas
conseqüências...

Era como um tempo de pescar 
dentro de si
uma nova configuração de valores
que antes entregara
sem se dar conta da entrega.

Agora gritava dentro dela uma
dicotômica situação...que ela sentia
como se um grande
muro tivesse sido derrubado para que
compreendesse o
que jamais
havia percebido...

Seu acordar não era apenas dela,
mas meu...
seu crepúsculo não era só dela,
mas meu.
Porém, a grande muralha era a
mesma
que nos separava...porque havia
novos pensamentos
a respeito do que significava,
na realidade, essa
palavra tão decantada
como o amor...

Já não era possível definir amor
como uma
paixão que nos cegara e nos levara
a estágios
cada vez mais abrangentes em que
o se dar
por inteiro agora exigia que nossas
almas tivessem participação e que
surgisse além da
enorme atração...aqueles valores
que são os espirituais.

A grande força agora estava em
se juntar a carne à alma...numa
expressividade tal que
se pudesse até sentir espiritualmente
esse grande amor...

Mas em vão...porque meus pés
continuavam
presos ao chão e o céu me parecia
ainda distante.
Quem sabe eu pudesse chegar até
lá se o caminho fosse feito de você,
e eu só pudesse
vê-la  nessa senda e a mais ninguém.
E mesmo as almas que fossem
minhas almas...
estariam fora deste caminho.

Então desceu um anjo do céu...
e ele se chamava anjo dos conselhos...
e veio todo vestido de branco,
só para aconselhar em
poucas palavras...que o nosso tempo
se esgotara na virtualidade dos fatos
que deixavam bem claro
que cada um professava suas idéias
de vida em comum
completamente contraditórias.

O anjo então disse que melhor seria
que déssemos um tempo...porque
muitas vezes só
esse tempo pode trazer a luz.
E então o anjo subiu aos céus
tendo cumprido sua missão.

Nos olhamos...cada um com a sua
própria verdade.
O tempo estava começando agora
mesmo.

Nós na garganta...uma secura feita
de emoções.
Um último abraço ainda quente.
Um último beijo ainda quente.
E um adeus desses bem tristes.
Segui meu caminho no parque,
e nem olhei para trás,
porque se olhasse voltaria correndo
e ela nem queria isso.
Ela só queria que eu fosse dela.
E eu não era de
ninguém.

Sim... eu não era de ninguém,
e segui meu caminho.
Hoje olhando para o chão,
sem querer ver nada.
Absolutamente nada.

Nem as lindas flores do parque,
porque a mais bela havia ficado
para trás.
Dando um tempo.


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Autor:Cássio Seagull
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Poesia que fiz em 16-02-10 às 20 h em SP
Lua nova – sol forte – 38 graus
Beijos e abraços para você...Boa quarta...
cseagull2@hotmail.com
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