DESACATO.
Tuas caricias, teus beijos
Teus abraços, teus desejos
São desacatos a minha lucidez
mal comportada
Mas reclamo por estes momentos
são benfazejos
Não posso dizer que minha alma
está maltratada.
Gosto destes desacatos
São presenças enamoradas
São o gosto do sal, do vinho
Presença da lua, do luar
Transgressões necessárias
Bem amadas
Sol que aquece renovando a vida.
Deixar-se navegar.
Não importa o momento
Vale somente o sentimento
Que importam as convenções
O indispensável é a perenidade
Do instante amante
Aceito tuas vontades,
Dedilho tuas verdades
Teus carinhos são meus anelos
Meus filhos pródigos
E minha presença a tua base
Teu desacato incessante.