drama

drama doido

em te pensar sozinhamente,

e pensar-te tanto

que em sonhar-te eu

existisse,

e que existisse tão-somente em que sonhasse,

e em demorar-me no meu sonho

esvaecia...

se eu te amasse

o coração agoniava, eu não comia,

eu me matava e não morria,

que era eterno o meu

castigo

em te não ter, e ter-te n’alma

inexorável,

mas não tenho amor no mundo,

eu te desejo como um fruto,

um paraíso material...

eu te desejo,

e em desejar-te eu gasto as horas,

eu me gasto e me consumo,

eu me anulo,

que o meu tempo,

o quanto tenho, nem passado eu não compreendo,

o meu tempo é tão-só teu...

tu o não sabes,

tu ignoras,

mas a minha poesia,

se tu ouvires ela um dia, surdamente,

entenderás,

o teu corpo eu deixo aqui.

andré boniatti
Enviado por andré boniatti em 07/08/2006
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