Pra sempre

A noite está vazia lá fora

A mesma lua flamejante no céu de veludo

Os holofotes apagados sem teu brilho

A platéia ausente nas cadeiras tombadas.

Olhei entre as velhas cortinas empoeiradas

Esperando encontrar em algum lugar a tua luz

Nesse labirinto de sombras que eu chamo de vida.

Eu consumi cada hora em lembranças estúpidas

Que ainda fazem meu coração estremecer.

Eu esperei inutilmente pelas tuas mãos me segurando

Nas esquinas escuras que se confundem na chuva,

Eu sonhei com os seus lábios tocando minha pele pálida

Enquanto corria vagarosamente em lugar algum.

Eu ouvi teu coração bater e senti teus olhos nos meus

Eu quis acreditar naquelas mentiras tão lindas

Mas você não me ajudou durante todo o caminho.

Eu ainda lembro da sua voz, ecoando no vazio da noite

Soando na morbidez gritante de meus dias

Escorrendo no adeus das lágrimas escuras nos meus olhos.

As coisas da sua cabeça permanecerão lá pra sempre

Como o brilho da lua que se estende pela eternidade

Meu coração nunca vai perder sua inconstância

Enquanto minha mente não esquecer você

Nesses pensamentos que se repetem

Com a mesma frequência com que respiro.

Marina Dalmass
Enviado por Marina Dalmass em 08/03/2010
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