Amor, amores

Amor! Quanta força!

Se não és razão, és mais : és sentido.

Quando és ilusão, torna-te agridoce,

Mais doce do que agre.

Mas, vale viver teus sabores, teus odores,

Vale valsar nas tuas valsas, rockear nos teus rocks

Ritmar nos teus ritmos, embalar nos teus sonhos,

Sonhando-os como se fossem nossos, e não emprestados.

Vale dizer dos amores mais que dos horrores,

Vale vivê-los, sem obscurecê-los,

Vale transformá-los em infinitos em sua finitude,

Vale, enfim, a atitude

De, tanto quanto possível,

Muitas vezes no limite do impossível,

Dizer tal qual Vinícius,

Que, “Hei de morrer de amar mais do que pude”.