JOÃO DE BARRO (Passarinho após ser traído por sua amada)
Passarinho solitário no telhado,
Triste implora a sua alma:
Volta minha alma ao teu sossego!
Sua alma de tristeza verte lágrimas.
Os dias desvanecem como a fumaça,
Como a sombra que declina,
assim são os seus dias intermináveis,
Vai secando como a relva.
Não consegue abrir os olhinhos,
Fechados estão, com a cabeça baixa,
Não esconde a sua dor e a saudade,
Prefere a morte a aceitar a infidelidade.