Amor de Primavera

Foste assim,na Primavera,

no bater do amor risonho,

encontrei que foi aquela-

a fantasia do meu sonho.

E num arroubo de emoção

vou vivendo e vou sofrendo;

enganando o coração

com palavras escrevendo.

Há em mim certos tormentos

que me cortam o coração;

espalhando aos quatro ventos

estilhaços das paixões.

E,esperando talvez em vão,sabendo,

que esta que tanto esmero não vem;

vou vivendo e vou sofrendo

sem poder amar ninguém.

N:Mesmo a mais profunda melancolia de um tal Dionísio se torna ditirambo;tomo como sígno o "Canto da Noite"-a queixa imortal de ser,pela abundância de luz e poder,por sua natureza solar,condenada a não amar.

Grohmann
Enviado por Grohmann em 17/08/2006
Reeditado em 17/08/2006
Código do texto: T218741