UNIDAS METADES

Em parte, somos humanos

e animais, por outro lado;

mas as metades se estreitam,

já por natureza e fado.

Tua metade, distinta,

tão mais lindamente humana,

em meu animal pedaço,

ambos nós da mesma cana.

Entanto, minha metade,

rude e tosca, ao som da lira,

pede abraçar-te à lonjura,

ao passo que mais delira.

Como porca e parafuso,

mesmo à distância rimados

– nosso animalesco menos –,

dois corações enlaçados.

E só quem – amando – sabe

unificar corpo e mente

terá coração inteiro

– almas nele, humanamente.

Fort., 12/04/2010.

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I N T E R A Ç Ã O

Da poetisa Karinna, de Porto Alegre,

um primoroso poema, que aqui colo-

co, com satisfação, por se tratar de

uma obra-prima. Minha gratidão, oh

excelsa escriba da pena de ouro.

"12/04/2010 09:23 - Karinna

*Segundo Coração*

pontuando saudadesde partida para um lugar de maciezlevo tua existência para não morrerde vazios e espaçostraço-te meu amor nas estrelasque debruam meu céu num abraçolevo-te como se transportasseum segundo coraçãooxigenando essa amorosidadesopro de vidaque lapida a cumplicidadelevo-te porque não há palavra em demasia que verte dos cântaros de barro da nossa poesialevo-te num verso inacabadoporque um poema nossosó terá fimquando todas as órbitas se completaremnesse infinito laço. Karinna*~~~~~~~~*

Uma explosão de sentidos e sentimentos em versos que tocam o céu da Poesia. Teu lirismo e tua magnitude impressionam-me. Deixo-te ums versos, humildes, matizados pela tua palavra. Carinho e admiração sempre. Ka*"

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 12/04/2010
Reeditado em 12/04/2010
Código do texto: T2191792
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