CIUMEIRA

Noite escura, lua cheia,

Gente tanta marcando bobeira.

Corre o tempo que não passa

Ladeira acima, ladeira abaixo,

E nós aqui, lado a lado,

Envoltos em ciumeira braba.

Olhares furtivos, olhares ousados,

Pensamentos prá lá de assombrados.

Que besteira brigar por tudo e nada,

Trocar palavras duras, ingratas,

Tudo por causa dessa ciumeira braba!

Paciência santa é a palavra-chave

Prá suportar tamanha pirraça

E fazer de conta que houve nada,

Sorrindo de leve um riso sem graça,

Afim de enxotar essa ciumeira braba.

"Ciumeira, ciumeira,

Por tua conta, quanta bobeira!"

E nós aqui, lado a lado,

Querendo um beijo, um abraço apertado,

Coração choramingando, acanhado,

Vixe! Tudo por culpa dessa ciumeira braba!

Mas lá vai ela, saindo de fininho,

Que o Amor, chegando de mansinho,

Vem afastar o que era estrago, esse fiasco.

E tudo volta ao que era dantes,

Pois fala o Amor ao coração-amante:

Ciumeira aqui, só de passagem!

Isatucha
Enviado por Isatucha em 21/08/2006
Reeditado em 15/07/2011
Código do texto: T221448