Meu perfume insesato, dentro de um bonito frasco

Teu sorvete de passas ao rum,

Com a cobertura de um sabor algum.

Derretido na casca,

Derretendo pela sala.

Hoje com zero de açúcar.

O espinho afiado,

é o preço pago,

pelo perfume da rosa,

espatifado,quebrado,

no ar exalado.

aos cacos, despedaçados,

triturado assim,

meu perfume insensato, dentro de um bonito frasco.

O velho poste da esquina,

no ponto de onibus a menina.

meu querer, nem sempre é poder,

ter o poder de poderá, uma pastilha a me curar.

E se sangro vou me embora,

há tantos cacos na minha sola.

esse aroma de rosa na rua,

que passas, as passas ao rum, tão ruim,

um novo caminho a ser andado,

dos velhos sapatos.

meu perfume insensato dentro de um bonito frasco.

Edilson Alencar
Enviado por Edilson Alencar em 06/05/2010
Reeditado em 22/02/2011
Código do texto: T2239983
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