Quero-te

Quero-te nas minhas melhores e piores horas;

Quero-te alegre e triste, mas quero-te comigo;

Quero-te mesmo depois de uma despedida impensável, de palavras pesadas, de raiva aparente;

Quero-te dominador ou apenas submisso aos meus desejos;

Quero-te...

Ah, como quero-te...

Quero-te na hora cansada e agoniada;

Quero-te mesmo sem graça e distante;

Quero-te da forma mais esquisita e simples do querer;

Quero-te profundo em mim, feito oceano;

Quero-te em alto mar, em terra firme, pelos ares;

Quero-te feito passarinho que quer seu ninho na tempestade;

Quero-te de cara amarrada, de bico feito e sem dizer nada;

Quero-te em desespero e lucidez;

Quero-te mesmo em silêncio, no meio da madrugada;

Quero-te pela manhã de cara feia e amassada;

Quero-te nas tuas mesmices do dia a dia, das palavras vazias e das bobagens clamadas;

Quero-te jogado em mim feito criança, dependente dos meus braços;

Quero-te até aborrecido e mal humorado;

Quero-te...

Ah, meu Deus, como quero-te tanto que não sei o quanto...

Quero-te sorrindo e chorando;

Quero-te na juventude e na velhice;

Quero-te na minha mais infinita vida;

Quero-te do jeito que és, do jeito que aprendi a querer-te;

Quero-te perdoando meus erros, e aprendendo a conviver com eles;

Quero-te até mesmo com teus defeitos e costumes;

E, assim, querendo-te, eu te componho em mim, só pra dizer-te o quanto quero-te por toda a eternidade.

Ana Clea Bezerra de Abreu
Enviado por Ana Clea Bezerra de Abreu em 24/08/2006
Reeditado em 01/11/2006
Código do texto: T224550