“ E VOCÊ”

1.Tal Qual andorinha,
Tão triste sozinha,
No ninho quietinho,
Mas sabe me convencer!

A me levar por caminhos,
De flor e espinhos,

Segredos escondidos,
E muitos contidos,
Por amor, por prazer!

Que se inflama na cama,
Me arranha, me açanha,
Com força me ama,
De forma natural,

Que se entrega me pega,
Amassa-me, se em laça,
Tão forte me abraça,
Como mulher fatal!

2.Tal Qual andorinha,
Tão triste sozinha,
No ninho quietinho,
Mas sabe me induzir!

Aos anseios desejos,
Aos sonhos aos beijos,

Mais loucos,
Que aos poucos,
Vão me consumir!

Quando a noite sozinha,
Sussurra baixinho,
Fazendo carinhos,
Chama-me de amor,

Me segura de jeito,
Encosta-se a meu peito,
Pra sentir meu calor!

3.Tal Qual andorinha,
Tão triste sozinha,
No ninho quietinho,
Mas sabe me ganhar!

No instante exato,
De nossa agonia,
Tal como magia,
Faz-me respirar,

Sentir alegria,
Só pra me completar,

E com beijos ardentes,
Tão doces,
Tão quentes,
Vêm me embriagar,

No entanto em seguida,
Num instante da vida,
Sendo assim protegida,
Fica a se delirar!

4.Tal Qual andorinha,
Tão triste sozinha,
No ninho quietinho,
Mas consegue me vencer!

Entre frases nervosas,
Com risos e prosas,
Vem a me pertencer,

E regando a vida,
Bandida sofrida,
De forma precisa,
De amor e sedução,

Faz-me ser diferente,
Que o mundo,
Que as gentes,
No fogo da paixão!

5.Tal Qual andorinha,
Tão triste sozinha,
No ninho quietinho,
Mas soube me conquistar!

Com fúria tamanha,
Me ganha,
Me açanha,
Com força me arranha,
Só pra me torturar,

E me conta segredos,
Seus sonhos e medos,
E me faz se entregar,

Sinto até calafrios,
Me dá arrepios,
No desejo de amar!

6.Tal Qual andorinha,
Tão triste sozinha,
No ninho quietinho,
Mas sabe me enlouquecer!

E com tanta ternura,
Paixão e loucura,
Inunda-me de prazer,

Sei que mesmo distante,
Deixa-me ofegante,
Sem poder me controlar,

E entre tantas carícias,
Num mar de delicias,
Faz-se submissa,
Só pra me segurar!

7.Tal Qual andorinha,
Tão triste sozinha,
No ninho quietinho,
Mas consegue me prender!

Mesmo em pensamento,
Faz-me sentir por dentro,
A sede de prazer,

Em desejar teu corpo,
Suave absorto,
Trazer-me alegrias,

Conduzir este amor,
Com ternura calor,
Se a saudade e a dor,
Só me trás nostalgia!

8.Tal qual andorinha,
Tão triste sozinha,
No ninho quietinho,
Mas me fez te querer!

Com esse jeito inocente,
De amante carente,
Inunda-me de prazer,

Que na hora do amor,
Com ciúmes suor,
Traz-me felicidades,

Mas depois dessas horas,
Entristeces e chora,
Esvai-se e me enrola,
Dá as costas e vai embora,

Deixando-me saudades!

08/02/2010.
CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 20/05/2010
Reeditado em 13/06/2010
Código do texto: T2268264
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