Amo

Amo, mas faço-me distante
Solitário e sempre pensando.
Aonde foi a minha coragem,
Pois onde passo tenho medo?

Amo, mas sempre ao longe...
Observando o que não existe.
Fico tonto, corro e me perco,
Tentando andar aonde não tem caminho.

Amo, mas sempre sozinho
Com medo de tudo e de todos.
Da reação do meu proprio ser
De querer libertar o que já é livre.

Amo, mas faço-me rebelde
Tentando ser o que não pode.
Querendo mostrar o que não tem,
Deixando sempre me levar.

Amo, ainda que não acredite
Sofro, mas não busco a esperança.
Mato o sonho e a verdade,
Consumindo-me em dor e saudade.

Amo, mas espero a luz acender,
Ver o caminho melhor para percorrer,
Seguindo atrás do Sol nascente,
Levando o amor, Você, na mente.