Ela não mora mais em mim
Pouco a pouco;
Dia após dia;
Sinto que perco minha essência;
Minhas velhas amigas;
As palavras;
Não me dizem nada.
Meu trabalho;
Minha arte;
Perderam a cor;
Perderam a vida.
Ao olhar a alvorada;
Percebo que minha paixão;
Minha vida;
Perdeu-se ao sabor do vento.
As palavras;
Não são mais;
Parte do meu contento.
Mas só há o que comemorar;
Pois ela não mora mais em mim;
A poesia não mora mais em mim.
E agora aguardo o dia;
Em que tú;
- Divina arte-
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