O ontem e o hoje do amor
O ontem passou e com ele o desamor.
As palavras mal ditas, a raiva sentida, ofensas e agressões sofridas.
A porta na cara e do coração batida, interpretações mal concebidas.
Mas eis que o hoje chegou e com ele o amor. Ontem estava ausente, cegou?
As nuvens dos contratempos não apagam o amor, o brilho e seu natural movimento.
Ele chega e renova, manda embora o que o reprova e o que é pequeno e incômodo ignora.
Mas há coisas que persistem, mesmo que o amor fixe alguns limites.
Por quê? Talvez para que o amor não seja estático e, sendo dinâmico, privilegie o que tem maior importância nos caminhos e nas andanças.
Mas é bonito saber e, sobretudo, sentir que o amor é assim.
Ele não permite que o ontem vá além do seu limite que é ele mesmo,
sem interferir no hoje e no novo que não conheço.