OBSTÁCULOS AO AMOR
Eu sou aquela pedra
No meio do caminho.
Rosa-dos-ventos tatuada
No ombro do brotinho.
Sou regato poluído
Que não move moinhos.
Uma ponte interditada
A separar os vizinhos.
Entretanto
Do abismo deste quase nada
Levanto a voz e clamo
Não te vás
Sem que primeiro
Eu possa dizer - Te amo!