Janela/moldura
aqui do banco do ônibus
vejo teu rosto emoldurado
pela janela da sala, entreaberta,
passo rapidamente.
aqui com nossa rosa no coração
inundo-me com tua beleza
comento teus cabelos tua roupa
teu sorriso cumpre a missão primária
por que foi criado: iluminar minha vida
meus dias -me!
penso em gritar teu nome
pular a janela do ônibus
atravessar a tua com mil versos na cabeça –
canções de amor feitas pensando em ti.
a distância que nos separa
é pequena demais perto do desejo
que sentimos pelo outro da sede por nós
da vontade por nossos beijos.
porém às vezes passo e não estás –
ora dormes ora trabalhas – sempre
em teu leito repousas invocada
a me fazer sentir-te presente a sorrir
minha vida construir meu dia perfeito
a partir de nosso amor nossos sonhos.
um louco em pele de poeta:
este sou; aquele que te espera
aquele que te ama sem nunca
dar ouvidos à saudade que me traz
teu nome a cada pulso cada passo
cada vez que penso em ti.
sonhas comigo e acordas a sentir
também saudade: este coice delicioso
que nos aproxima estas cócegas que
anunciam: EUTEAMO!
Ao meu amor, Vanete Oliveira, esta certeza: EUTEAMO!