Apenas um coração
Quem sou eu entre milhares?
Que faço nessa sociedade?
Parece que sou alvo de olhares
Cheios de tanta curiosidade?!
Nada posso fazer, sou inútil
Pois minhas mãos são amputadas
Vivo no mundo como ser fútil
Embrião das sarjetas flageladas.
Não tenho olhos, não posso ver
Não tenho pernas, não posso andar
Só posso no sentimento crer
Sou um coração solto a vagar!