NAVEGAR EM ÁGUAS CALMAS

Não procurar as turbulências,

que ferem pelas inquietudes,

pois durante as tempestades,

podem trazer interferências,

que machucam e causam dores,

e feridas que jamais se cicatrizam.

Procurar a mansidão de um sorriso,

a fluidez de um coração tão puro,

e depois de achar os ingredientes,

temperar com a sensibilidade do amor,

para que as misturas se completem,

e tenham depois todas as doçuras.

Buscar navegar então em águas calmas,

para que as incertezas jamais voltem,

e numa pureza de sentimentos belos,

procurar o amor que à espreita sorri,

pois nele está a pureza que cativa,

pelas suas amplidões de horizontes.

Uma criança busca então sua calmaria,

pois uma onda vem chegando devagar,

até que num envolvimento que cativa,

brincam como se fossem já parceiras,

e castelos vão surgindo na areia fofa,

para desabarem no meio de sorrisos.

Águas calmas que tem muita mansidão,

afasta as tristezas que são tão nefastas,

e se o navegante estiver em rumo incerto,

é só procurar a calmaria do mar sereno,

que se infiltra pelos costados das bacias,

e ali aportar seu barco que andou perdido.

Assim também são as razões do coração,

quando tumultuados por um amor incerto,

que podem ser curadas se existir franquezas,

e para navegar então em águas calmas,

procurar caminhos onde existam os sorrisos,

e flores belas que derramem seus perfumes.

10-07-2010