Quando o Amor é Óbvio

Quando o Amor é Óbvio

O Amor às vezes é óbvio...

Mas, porque o óbvio é tão difícil de ser percebido

Se ele está diante de nossos olhos

Acariciando de maneira áspera o nosso corpo

Sussurrando gritos em nossos ouvidos?

O óbvio é tão claro

Tão evidente

Que causa dúvida

medo

receio

ânsia

desejo

E a nossa certeza de estarmos certos já não é tão certa

E a nossa coragem de arriscar

encolheu-se

Amedrontada pelo risco de errar

Onde está a esperança

Que nos permitia sonhar?

Onde está a calma em nossas decisões?

Tudo isso,

o Óbvio

trancafiou

no

fundo

dos

seus

porões!

Não percebemos o óbvio

Por que sua clareza nos deixa cegos

Não o sentimos

Por que/ele/está/tão/próximo/que/não/podemos/tatea-lo

Ficamos sem movimentos

inerdes

Ficamos surdos mudos

Viramos pedra

ferro aço

Se não fosse óbvio

Buscaríamos explicações

Desvendaríamos seus mistérios

Entenderíamos sua complexidade

Ainda que vagássemos pelo universo

Encontraríamos no Fim

Do

Mundo

a

Resposta

Mas o óbvio é tão óbvio

Que não o percebemos

por causa da sua simplicidade

tão real,

Verdadeira,

Explicita.

Mas e se o óbvio for tudo aquilo que queremos, o que fazer?

É óbvio:

Sem presa...

Feche os olhos, solte o corpo

Fique em silêncio,

E só mova os lábios pra em meio a um beijo dizer:

Eureca!

Afinal,

O Amor só é complicado

Quando não se tem a quem amar.

Assim,

Não busquemos explicações

Amemos então, o que é

Óbvio!

Tiago Mota
Enviado por Tiago Mota em 12/07/2010
Reeditado em 12/07/2010
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