Quando o Amor é Óbvio
Quando o Amor é Óbvio
O Amor às vezes é óbvio...
Mas, porque o óbvio é tão difícil de ser percebido
Se ele está diante de nossos olhos
Acariciando de maneira áspera o nosso corpo
Sussurrando gritos em nossos ouvidos?
O óbvio é tão claro
Tão evidente
Que causa dúvida
medo
receio
ânsia
desejo
E a nossa certeza de estarmos certos já não é tão certa
E a nossa coragem de arriscar
encolheu-se
Amedrontada pelo risco de errar
Onde está a esperança
Que nos permitia sonhar?
Onde está a calma em nossas decisões?
Tudo isso,
o Óbvio
trancafiou
no
fundo
dos
seus
porões!
Não percebemos o óbvio
Por que sua clareza nos deixa cegos
Não o sentimos
Por que/ele/está/tão/próximo/que/não/podemos/tatea-lo
Ficamos sem movimentos
inerdes
Ficamos surdos mudos
Viramos pedra
ferro aço
Se não fosse óbvio
Buscaríamos explicações
Desvendaríamos seus mistérios
Entenderíamos sua complexidade
Ainda que vagássemos pelo universo
Encontraríamos no Fim
Do
Mundo
a
Resposta
Mas o óbvio é tão óbvio
Que não o percebemos
por causa da sua simplicidade
tão real,
Verdadeira,
Explicita.
Mas e se o óbvio for tudo aquilo que queremos, o que fazer?
É óbvio:
Sem presa...
Feche os olhos, solte o corpo
Fique em silêncio,
E só mova os lábios pra em meio a um beijo dizer:
Eureca!
Afinal,
O Amor só é complicado
Quando não se tem a quem amar.
Assim,
Não busquemos explicações
Amemos então, o que é
Óbvio!