O fim pode ter fim

O fim geralmente não tem fim

Apega-se ao "não"; reveza-se no "sim"

Pelos horizontes, pelos versos, pelos montes de uma vida,

Pelas horas de conversa, pelas chuvas, pelas brigas.

O fim geralmente não tem fim

Aprisiona as pessoas ao desejo

Nos conduz à dor, ao ódio, ao sofrimento

E transforma o Universo em vilarejo.

Por que é que os atalhos poderiam ter comigo

Se as cartas do amor já me servem de abrigo?

As palavras e erratas me acompanham numa estrada

Remoída, recortada, pela cor da encruzilhada.

Sim, minha querida... Nosso amor é diferente

Porque somos diferentes,

Porque somos tão iguais.

Porque somos das estrelas,

Porque somos geniais...

O fim que ontem veio

Foi sensato e teve fim.

Não ousou ter um começo,

Ao menos meios ou confins.

Quais são as cores que eu uso para pintar?

Quais são as marcas que eu quero deixar?

Qual é a história que eu quero criar?

Que arrependimento poderia me matar?

Garota, garotinha,

Deixe as lágrimas rolarem,

Deixe as cores se iludirem

E que pensem e que falem.

Nosso amor vem, nos protege

Contra a dor que nos persegue.

Caio Trova
Enviado por Caio Trova em 17/07/2010
Código do texto: T2382743
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