PALAVRAS

Emergem em cascatas,

vão vagando nas brisas,

e se tocam sensibilidades,

querem afagos e carinhos,

pois brotam nos sorrisos.

Macias pelas sonoridades,

quando emergem lá da Alma,

buscam parcerias bonitas,

em sintonia com o amor,

tantas são suas afinidades.

Se entoadas pela criancinha,

tem o sabor do doce mel,

pois a palavra inciante,

é dizer mamãe, mamãe,

que recebe com sorrisos.

Um amor que nada suplanta,

tem início nos aprendizados,

pois palavras até com graças,

mesmo que sejam claudicantes,

a mãezinha com carinho aceita.

Se ditas por corações apaixonados,

num êxtase de doces envolvimentos,

a palavra amor soando tão suave,

percorre caminhos de cumplicidades,

até atingir as Almas em delírios.]

Soam depois como o tilintar dos sinos,

ganham espaços que a brisa vem buscar,

e a lua que escuta então sua sonoridade,

brilha intensa pois conhece os segredos,

e as estrelas ouvem piscando sem cessar.

Palavras que jamais tenham disfarces,

nunca preguem desavenças ou ódios,

sejam só ternuras e amor disseminado,

pois assim não existirão ressentimentos,

e o mundo navegará em águas calmas.

18-07-2010