Não me digam...

Não me digam dos azuis do tempo

De quem espera o caminhar florido

E se poupa e se queda no silenciar.

Não me digam do oscilar do vento

Que ondulava o cabelo comprido

De quem soube, um dia, comigo caminhar.

Não me digam da tempestade

Que devasta um ser

Em ondas de frio e de calor.

Não me digam saber mais que a verdade

Que se revolve em ares de saber

Se do que se fala é de amor...

É de amor!

Que cinge, torna a alma pura.

Que expande o perfume da flor.

Esse amor

Misto de calmaria e loucura

Que dá à vida outro sabor.

Não me digam porque bem sei (exclamo!)

Não me digam porque já amei (e amo!)

E é bem assim...

Rogério Nascente
Enviado por Rogério Nascente em 29/07/2010
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