A mulher e o poema a dois

A mulher e o poema a dois

Deitei com ela

Sei que fora precipitado

Mas não conseguia segurar

Seu corpo sempre me convidando...

Um belo corpo,

Seduzindo o movimento,

Tornando a beleza visível

Às memórias mais profundas...

À noite que não findava e nem nos deixava,

A cama de quem aclamava o corpo seu,

O espelho reflexo perplexo ao gozo nosso.

O prazer de ter estar consigo assim comigo.

Fecundando-nos de poesia

Encontrando assim

E não mais se tendo

A própria cria que se cria.

Como poderia deixar de amar?

O tempo sempre sendo o que somos. Cada instante

mais que o recomeço do restante,

pois deixa em nossas mãos a sua presença.

Serei sempre o poema

E você...

suas curvas macias

a água escorrendo

seu som, seu gemido

seu desejo contido

seu doce sentido.

Lorenzo

Lorenzo Ferrari
Enviado por Lorenzo Ferrari em 15/09/2006
Código do texto: T240992