"Introdução"

Mesmo assim eu escrevo AZUL.

Linhas azuis em branco.

O branco do cérebro em caatingas de amor.

Pluralmente o verbo inflexível que não rompe.

É brôto criando raíz.

Uma verde lembrança do fruto, e me jogo

no meio das horas que me percorrem;

jóias raras. Tão preciosas horas. Horas...

De minutos e alguns segundos em compasso

nos trilhos do tempo, marcando à ferro e fogo.

Naquela rua sombria de Londres, em que

hoje de manhã sorríamos dôr aos cães vadios,

aos sentinelas perdidos todos sob o Tempo

que se esvai, rápido e em sangue. E, os nossos olhos

nem se cruzavam mais. "Nossos" olhos.

O covarde assassina dando um beijo.

Eu-bravo com um punhal.