A paixão do matuto.

Te vi duas ou três vezes

Se assim pude contar

E da segunda em diante

Não pude mais controlar

Que ao ver sua feição

Meu pequeno coração

Ficava louco de um jeito,

A voz ficava entalada

E eu só sentia a pancada

No lado esquerdo do peito.

Eu só sentia o batuque

Como uma corda bamba

Parecendo um pandeiro

Na batucada do samba

E ao lembrar sua face

O meu coração de classe

Aumentava o seu batuque

Parecia um terremoto

Quando eu olhava a foto

No perfil do seu Orkut.

Só lhe vi umas três vezes

Morena nem te conheço

Mais saiba que se eu tivesse

Ao menos seu endereço

Eu ia lá te chamar

Para gente passear

E andar pegado na mão

Que com sua companhia

Creio que acalmaria

Meu pequeno coração.

Morena se eu soubesse

Onde é sua morada

Eu ficaria plantado

Bem no meio da calçada

Esperando a senhorita

Meiga, nobre e tão bonita

Sair de casa pra rua

Que ai, eu avançava

Lhe abraçava e lascava

Um beijo na boca sua.

Talvez o seu pai valente

Ou o seu irmão afoito

Me matasse no facão

Ou mesmo no trinta e oito

Mas a minha alma é brava

A eles eu confessava

O dito erro que fiz

Eita que negocio esse

Talvez eu até morresse

Mas morreria feliz.

Por uma paixão eu brigo

Com facão e escopeta

Que pra ganhar seu amor

Eu brigo até com o capeta

Luto sem sentir fadiga

Tentando ganhar a briga

Sem fugir da confusão

Mas só entro na batalha

Se você for à medalha

Do lutador campeão.

Rafael Neto (Poeta de Cristo Neto)
Enviado por Rafael Neto (Poeta de Cristo Neto) em 11/08/2010
Código do texto: T2432078
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