Quadratura Lunar

Alço-me desta solitude

Caindo em devaneios,

Aportando em mundos

Ora sorridentes,

Ora cunhados em lágrimas!

De olhos fechados

Embarco nesta analogia, sublime,

Tornando-me mero aparelho

Desta alquimia revelada

Em princípios lúdicos, incontidos!

O caminho,

Por vezes não é de flores,

Mas nada, nem ninguém,

Pode mudar o curso dos rios,

Quanto as pedras, estas,

A Alma sabe a resposta!

Preitos do infinito,

Deixam sobre meus ombros, asas,

Um gênese para cada verso

Reverberado pela fragrância, tua,

Vestindo-me de encantamento!

O que me move?

A esperança... O amor...

Que paira pelas lagunas cristalinas

Traduzindo tua beleza exótica,

Em cantos da quadratura lunar!

Auber Fioravante Júnior

12/08/2010

Porto Alegre - RS