O VENTO

O vento agita as arvores,

Tal como tu os pensamentos,

Ele leva as nuvens carregadas,

Não de chuva, mas sim de palavras

Que perdem pelas ditas montanhas…

Pessoas pensam ser “Deus”

Julgam sem ao menos ler o “processo”

Uma sociedade na qual se tem apenas o que?

O que ela tem além de conceitos?

Dogmas, tais quais pregam aquilo que não vivem.

Anulando o hoje...

Vivendo o passado, o démodé.

O hoje não mais importa

Contando que seu ontem seja belo aos meus olhos

Caio no ridículo

Contexto...

Quem és tu para ludibriar falando do velho Eu

Ontem mesmo fui em meu funeral

Tu não estavas lá

Como hesita em dizer que sou o mesmo

O oceano nunca é o mesmo

Mesmo se estivermos na mesma coordenada

Novo é a água

Novo somos nós

Os algozes invadem-me

Traz-me de volta ao lago do esquecimento

Tentando afundar-me em duvidas

Invalidas tentativas

Torpes e vãs repetições

Admiro tua insensatez

Tua preocupação com os demais

E você?

Já parou para pensar sobre você?

É sempre assim...

Ligamos para os outros

Deixamos de nós mesmo

Está vã sociedade

É sempre assim

Foi sempre assim

Até quando?

Quando o vento

A fina brisa lhe tocar

Irás se lembrar de mim

E verás quão errado estavas

Serás tarde

Será uma aura ou tempestade

Será uma fala ou silêncio

Se após ser julgados por julga

Ainda tiver vida

Estarei aqui

Esperando uma resposta

Desta medíocre sociedade

Com sua obscura (in) sensatez

Uma realidade (ir) real

Ou seria real?

Estás disposto a julgar?

- Arrisque!

Renato D Oliveira
Enviado por Renato D Oliveira em 18/08/2010
Reeditado em 29/09/2010
Código do texto: T2445719
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