Distante

Quão este amor.

Entre o mar e o sentimento.

Vejo em brumas meu peito em dor.

A caravela, a calmaria.

O sangue jorra dos entremeios vorazes.

A distancia, o impossível.

Contemplo com exatidão, o nada.

Lágrimas inundam à noite.

Quando amarei o que não mais vivo.

Ou conheço.

Amo e ponto!

Idiota!

Flutua ao seco inundado pensar.

A faca está na lingua do penar.

Poder! Ou omissão!

Não sei!

Sei da rebelde ignorância...

Vindo de ti a soberba.

Entranhas que me pariu entre milhões.

Governaste a imbecilidade.

Quão este amor.

Entre o mar e o sentimento.

Vejo em brumas meu peito em dor.

A caravela, a calmaria.

Hei de um dia retornar!

Mesmo óbito da hipocrisia.

No mais, resta-me o consolo!

Fruto do amor, a dor...

Face invisível da verdade.

Fel do sentir.

Algoz do teu existir.

Porque?

Quão este amor.

Entre o mar e o sentimento.

Vejo em brumas meu peito em dor.

A caravela, a calmaria.

Onde o sol se põe.

Onde ele ressurge.

Nada. Tudo.

Ou...

Ah! Saudades mórbida de ti! ó!...

Boa noite

O Bruxo

Bruxo das Letras
Enviado por Bruxo das Letras em 20/08/2010
Reeditado em 18/07/2012
Código do texto: T2450091
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