Distante
Quão este amor.
Entre o mar e o sentimento.
Vejo em brumas meu peito em dor.
A caravela, a calmaria.
O sangue jorra dos entremeios vorazes.
A distancia, o impossível.
Contemplo com exatidão, o nada.
Lágrimas inundam à noite.
Quando amarei o que não mais vivo.
Ou conheço.
Amo e ponto!
Idiota!
Flutua ao seco inundado pensar.
A faca está na lingua do penar.
Poder! Ou omissão!
Não sei!
Sei da rebelde ignorância...
Vindo de ti a soberba.
Entranhas que me pariu entre milhões.
Governaste a imbecilidade.
Quão este amor.
Entre o mar e o sentimento.
Vejo em brumas meu peito em dor.
A caravela, a calmaria.
Hei de um dia retornar!
Mesmo óbito da hipocrisia.
No mais, resta-me o consolo!
Fruto do amor, a dor...
Face invisível da verdade.
Fel do sentir.
Algoz do teu existir.
Porque?
Quão este amor.
Entre o mar e o sentimento.
Vejo em brumas meu peito em dor.
A caravela, a calmaria.
Onde o sol se põe.
Onde ele ressurge.
Nada. Tudo.
Ou...
Ah! Saudades mórbida de ti! ó!...
Boa noite
O Bruxo