Poesia para um grande amor distante.

Se meus olhos estão distantes, é por pensar em você;

é apenas a saudade, não estou ficando louca.

Eu não consigo, não aprendi a te esquecer

- então não me peça para pensar em qualquer outra coisa;

A vida passa, e eu sigo mascarada com ela;

mas abaixo dela, você estará sempre bem guardado.

Um sentimento intenso, nada no mundo desmantela:

nada, nada mesmo, apagará tudo o que vivi ao seu lado...

Mas eu, em algum momento de cada dia,

perco o elo, me lembro, me ponho a chorar.

Não, o meu choro não é de mera e tola agonia,

mas de gratidão pelo amor que você conseguiu me dedicar.

Sim, meu amor... Eu sinto muito a sua falta.

Onde você estiver, ainda existo no seu pensamento?

Por outros caminhos, outras casas, outros braços;

há alguma parcela de mim que lhe possa ser alento,

que possa ser consolo e afeto como o mais forte dos abraços?

Onde você estiver, peço que guardes essa minha metade,

que deixei que, para além de mim, lhe acompanhasse

- pois é, este meio ser, minha melhor parte,

que será sua, independente de tudo o que se passe...

Pois, sem querer, roubei-lhe uma parte.

Pois onde eu estiver, você estará comigo.

O que está certo para mim, de nada tenho certeza;

mas sei que sua lembrança será meu leme e meu abrigo,

quando bater minha inevitável tristeza...

Onde eu estiver, um dia olharei para o infinito

e saberei que amei à um alguém mais que especial,

que merece cada riso, silêncio, choro, escrito

e que será eterno até o meu ponto final.

Comigo para sempre, o que quer que isso signifique.

(Se Byron nunca escreveu nada que prestasse até que começou a amar, eu aprendi a ter sentido nas palavras que escrevo por conta de todo amor que sinto... E que destruiu muros, realidades, resistências. Te amo para sempre, estrela - da tua Sol.)

Thaís Soledade
Enviado por Thaís Soledade em 17/09/2010
Reeditado em 17/09/2010
Código do texto: T2503798
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