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Livro Aberto
Venha, desvende o meu mistério...
Sou e não sou um homem sério.
Sou um jovem velho.
Sou um adulto criança,
que não cansa
de brincar com a vida.
Eu sou guarida,
sou abrigo, sou afago.
Às vezes sou profundo,
às vezes sou vago...
Às vezes levo a vida,
às vezes me largo
e deixo que ela me leve.
Vou vivendo de amor...
Amor à tudo: amor ao mundo,
amor à natureza, amor à beleza,
porque belo é a maneira de olhar a vida.
Belos são seus olhos,
quando me olham desejando-me,
devorando-me, saboreando-me...
Belas são as mulheres,
que são todas belas,
só pelo fato de serem mulher...
Venha, penetre no meu segredo,
que não tenho medo:
sou um livro aberto.