Pérola na Ostra
Palavras soltas, indo com o vento
São como as idéias que habitam a escuridão
Rebentos que eu mesmo invento
Pura e unicamente classificados de suposição
O julgamento final de minhas ações
Tal qual as palavras que deixei de escrever
São unidas com pensamentos em vão
Que desuniram o mais sincero bem querer.
Perdido em vírgulas, parágrafos e pontos
Jogados em papiros com teclas
Que nascem minhas poesias e contos
Sem luzes, escuridão que renega.
Sublinhado pela tinta de corpo e forma
Letras tortas, curvas e retas
Seguindo manuais, escritos nas normas
Sem destino, puramente, sem regras.
Fecho a ostra, guardo as idéias
Desligo-a de uma tal de tomada
Milhões de criatividades são centopéias
Que andam e moram dentro do nada.
André Anlub
Site: http://www.poeteideser.blogspot.com/
Meu Livro: Poeteideser (Poeta Hei de Ser)
Contato: andreanlub@hotmail.com