Como faca

No gume desta faca é que se

conhecem os mais puros.

É no corte afiado dela,

no destrinchar das sangrentas vozes

que se colocam em ordem os

pensamentos, as vontades.

É no gosto, no sabor do sangue

dos inocentes que se fazem

os culpados...

Os passageiros e os eternos.

Os reais e os imaginários.