A alma gêmea de um poeta

As madrugadas prostraram-se indignas

E as águas contemplaram a aurora

Do nascimento das meras páginas

Onde da poesia nascia o poeta sem honra

E dos amores as mais belas almas secas

Que se afogavam no sepulcro onde morrem

E partem vazias às avessas

Do que é ser metade nada, metade homem.

Ao nascer o sol em canções da alma

Fui assim levado a você e me entreguei:

As poesias se calavam mergulhadas em calma

Meus demônios eram aquilo que amei

E hoje não os temo em teu frio oceano

Pois ser teu homem foi teu querer

Quando procuravas tua alma no inverno

Como aquilo que sempre quises-te ter.

Luan Santana
Enviado por Luan Santana em 01/11/2010
Código do texto: T2589926
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