NÃO APOSTO

Que não me amas, isso até aposto

E aposto que para ti sou indiferente

Eu sou o teu calvário, teu desgosto

Eu sou o gelo no teu verão quente

Não sei mais se gosto, se não gosto

Nem entendo a origem do sofrimento

Dizer que não gosto, eu não aposto

Mas se disser que gosto é fingimento

Parece até que eu gosto do desgosto

E que ele me consuma internamente

Por não saber se gosto, se não gosto

No meu Sol que há muito já está posto

Tento em vão aquecer meu sentimento

Pois dizer que não te amo ... não aposto

João Guerreiro
Enviado por João Guerreiro em 19/11/2010
Código do texto: T2623868
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