NÃO APOSTO
Que não me amas, isso até aposto
E aposto que para ti sou indiferente
Eu sou o teu calvário, teu desgosto
Eu sou o gelo no teu verão quente
Não sei mais se gosto, se não gosto
Nem entendo a origem do sofrimento
Dizer que não gosto, eu não aposto
Mas se disser que gosto é fingimento
Parece até que eu gosto do desgosto
E que ele me consuma internamente
Por não saber se gosto, se não gosto
No meu Sol que há muito já está posto
Tento em vão aquecer meu sentimento
Pois dizer que não te amo ... não aposto