O amor que eu tive um dia

Não há mais flores,

Foram-se os elogios,

Os abraços cessaram,

Os beijos perderam sabor,

As luzes se apagaram,

Perdi toda minha cor.

As manhãs já não fazem sentido,

As noites são solitárias,

As tardes vazias,

Obscureceu-se minha alma.

O sol já não brilha,

A água tem gosto amargo,

O que faço da minha vida,

Sinto que meu coração tornou-se um campo minado.

O ar tem ficado impuro,

Não há mais sentimentos,

Respiro tristezas,

Alimento-me de lembranças,

Desejos e pensamentos.

Dói o peito,

Uma angustia me invade,

É difícil aceitar a verdade.

Meus pés têm ficado pesados,

Não querem mais andar,

Minhas mãos dormentes,

Tem vontade de se relaxar.

Escrevo versos que sangram,

Neste meu poema sem vida,

Continuo me envenenando,

Enquanto meu interior grita.

Por favor!

Arranque de mim esta ferida!

Esta ferida chamada amor,

O amor que eu tive um dia!

Sidney Muniz
Enviado por Sidney Muniz em 19/11/2010
Reeditado em 30/05/2011
Código do texto: T2624099
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