MEU AMOR CIGANO...
 

Nem estava sabendo por onde
meus passos iam,
porque estava caminhando
na dimensão do aleatório,
seguindo as pegadas
do famoso deus Google
depois de fazer este pedido:
poesia maluca.
 
Ah...então encontrei uma
cigana..
Lá estava ela...toda vestida
de vermelho,
que é a cor preferida
daqueles ciganos da Alpujarra,
onde bailar,sapatear e cantar
é flamengar todos os gestos.
 
Depois que ela dançou quase
uma meia hora
desceu do tablado e veio
em minha direção,
porque eu me apaixonara
agora por essa cigana.
 
E tudo porque eu estava
buscando
um pouco de inspiração
em alguns versos
que pudessem ser mais que
surreais, 
e que fossem todos eivados
nos dons da
maluquice perfeita, rsrs.
 
Pronto...agora a ‘gitana’,
essa bela cigana...
estava junto a mim.
Ela já sabia que eu a queria
demais.
Muito mesmo.
Logo, senti-me envolvido por
seu efusivo abraço.
 
Seu vestido leve...
cobria-lhe até os pés,
e que eram pequenos
em relação ao seu porte alto
e sua magreza...
que lhe dava um ar de
esbelteza.
 
Hum...abraço de cigana
nunca é apenas
um abraço comum,
porque, além de me abraçar
com gosto,
logo sussurrou-me :
querido... enquanto
dançava eu
não tirava os olhos de você...
hum.
 
Claro que fiquei todo
derretido...e era justamente
isso que eu adorava nela.
Hum...sempre
ela sabia como me agradar,
isso sem esquecer
que eu também lhe agradava,
pois logo tirei
de meu pescoço meu lenço
vermelho se seda amauta...
e gentilmente o
coloquei em seu pescoço.
 
Seu vestido vermelho
combinou
imediatamente com o tom
mais escuro do lenço
que lhe caiu super bem...
Ela estava feliz...
e como cigana...adorava o
vermelho...a cor da paixão.
 
Essa paixão que ela tinha
em profusão...
porque vivia sempre em sua
pura emoção pela vida...
Saímos caminhando pela
Ramblas...da Catalunha...
 
Sempre havia muita gente
circulando por essa
larga avenida.
Nela havia uma floricultura
e lá paramos para
admirar belíssimas rosas...
Havia uma rosa vermelha
tão linda que acabei
não resistindo dando-a
de presente para ela.
 
Toda contente ...pôs logo
a rosa para enfeitar
seus lindos cabelos,
e , por ser ‘gitana’,
eram muito negros...
Seguimos pela avenida
lotada...nos perdendo
naquele emaranhado de
gente hispânica,
e apinhada de turistas,
sendo eu um deles,rsrs.
 
Sim... nós sempre nos
perdíamos na multidão.
Éramos mesmo bastante
aventureiros.
Hum...nós éramos apenas
dois ciganos que se
amavam.
 
A larga avenida Ramblas
mais parecia um rio de gente.
E percorria retamente
seu destino de avenida,
como se fosse uma Av.Paulista.
E nós seguíamos de mãos
dadas nos amando...
apenas nos amando.
 
E eu nem enxergava essa
longuíssima avenida.
Hum...hoje eu só tinha mesmo
olhos para ela..
Tudo era para ela.
Uii...estava apaixonado mesmo.
E tudo assim de repente...
de repente !!!
 
Ah...este sol !
Hoje tão quente !!!
 
 
-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-
Autor: Cássio Seagull
Poesia que fiz em 19-11-10 às 15 h em SP
Lua crescente – sol – 29 graus
Beijos e abraços para você...Bom sábado.
cseagull2@hotmail.com
-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-