o grito sem eco

Por meio biologico ele foi gerado

Mas das ruas é filho adotivo

Espetáculo diario a ser contemplado

Ë a triste rotina de um excluido

Segue sem rumo esse triste vagante

Até que a noite possa lhe acolher

Dorme hoje aqui,amanhà mais adiante

Na busca incessante pra sobreviver

Sob a marquise estendido no passeio

Cedo tem um encontro com a realidade

Espera uma visita que ainda nào veio

São as mãos estendidas da sociedade

Tendo o frio e orvalho como cobertor

Vê nas drogas uma fuga da cruel realidade

Despertado pelo pesadelo do nosso desaamor

Com a presença do egoismo,e ausência da fraternidade

Com os olhos vendados pela indiferença

Observamos nosso irmão que na sargeta se lança

Já desiludido,levado pele descrença

Que para ele ainda exista um resquício de esperança

Mas nossa hipocrisia não alcansa seu clamor

Pois da sua dignidade foi banido

Por Sua infinita misericórdia Senhor!

Escuta o grito desse excluido

poeta

Jairo Macario

Poeta Jairo Macario
Enviado por Poeta Jairo Macario em 14/10/2006
Código do texto: T264188