o grito sem eco
Por meio biologico ele foi gerado
Mas das ruas é filho adotivo
Espetáculo diario a ser contemplado
Ë a triste rotina de um excluido
Segue sem rumo esse triste vagante
Até que a noite possa lhe acolher
Dorme hoje aqui,amanhà mais adiante
Na busca incessante pra sobreviver
Sob a marquise estendido no passeio
Cedo tem um encontro com a realidade
Espera uma visita que ainda nào veio
São as mãos estendidas da sociedade
Tendo o frio e orvalho como cobertor
Vê nas drogas uma fuga da cruel realidade
Despertado pelo pesadelo do nosso desaamor
Com a presença do egoismo,e ausência da fraternidade
Com os olhos vendados pela indiferença
Observamos nosso irmão que na sargeta se lança
Já desiludido,levado pele descrença
Que para ele ainda exista um resquício de esperança
Mas nossa hipocrisia não alcansa seu clamor
Pois da sua dignidade foi banido
Por Sua infinita misericórdia Senhor!
Escuta o grito desse excluido
poeta
Jairo Macario