A Menina dos grampos dourados

Não sei precisar nem quando, nem de que direção.
Suave como uma brisa azul, despertou meus sentidos,
Aguçou meus instintos, clamou por meus afagos.
Doces palavras colhidas pelo mar,
Me guiavam pela insensatez do seu querer.

Não sei bem como descrever, nem contar.
Talvez na intensidade de um olhar, me encontrei perdido,
Desnorteado na escuridão, hipnotizado por um sorriso.
Me embriaguei em suas incertezas,
Adormeci em seus cachos, acordei entre suas pernas.

Não sei como controlar o que não tem forma.
Não sei como controlar o que me dimensiona.
Não sei como controlar o que nos emociona.
Não sei como controlar o que te transforma.

Não sei por onde entender, nem tão pouco compreender,
Como suave brisa pode devastar, desejos não realizados,
Promessas confessadas e os sonhos anunciados.
Talvez a distância do que nunca fomos, nos faça encontrar,
A segurança e o caminho do que um dia poderemos ser.

Não sei ao certo o seu nome, nem do que é feita.
Ao despertar, encontrei o sentimento de amar,
Amarrado ao desejo de estar, mas sem poder acreditar.
Pois tudo o que me restou alem dos lençóis amassados,
Foram alguns grampos dourados.


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Blog do Buraco por Ricardo Leão
Enviado por Blog do Buraco por Ricardo Leão em 01/12/2010
Código do texto: T2648364
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