VEJA AQUELA FLOR

Fechada em êxtase dormente,

O botão de rosa acorda preguiçosa,

Gotas de chuvas vindo generosas,

Trazem vida e despertam os silêncios,

E como criança desperta do sono,

Vai abrindo suas pétalas coloridas,

Uma a uma sem pressa até sorrir.

Seus perfumes vão se alastrando,

E a natureza colhe as mais cheirosas,

Pedindo à brisa levar para os que amam,

Pois seus corações pedem sua presença,

Tantas são as magias que pode produzir,

Como a moça apaixonada que ainda sonha,

E aquela flor produz as transformações.

Veja aquela flor nas mãos de uma criança,

Que colheu de relance na roseira espinhosa,

Mas não feriram aquela graça de encantos,

Pois sabia que sorrindo alguem iria presentear,

E estendendo seus braços num acolhimento,

Para sua mamãe entrega a rosa vermelha rubra,

E numa magia o amor estende seus sorrisos.

Veja aquela flor que no outono perde seu viço,

Após as chuvas de verão que vieram intensas,

E se cair do caule para na relva se tornar pálida,

Vai adubar a terra que necessita de nutrientes,

E hibernando como se precisasse descansar,

No inverno rigoroso depura todas as impurezas,

Para na primavera brotar toda vibrante de cores.

03-12-2010