Velho porto!

Passam pela memória, de repente,

todas aquelas tardes de sol,

vividas à beira daquele oceano,

quando os oceanos ainda eram mistérios.

E a sombra, o cheiro daquele velho porto,

o calor daquele vento,

surgem, reais, como se pudessem

ser tocados.

Não há sentimento de culpa

por tanta vida desperdiçada.

E aquelas ondas, verdes como teus olhos,

ainda inundam os meus olhos cansados.

E o tempo, que volta assim,

poderia nunca ter passado!

ACRangel
Enviado por ACRangel em 09/12/2010
Código do texto: T2662924
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