Velho porto!
Passam pela memória, de repente,
todas aquelas tardes de sol,
vividas à beira daquele oceano,
quando os oceanos ainda eram mistérios.
E a sombra, o cheiro daquele velho porto,
o calor daquele vento,
surgem, reais, como se pudessem
ser tocados.
Não há sentimento de culpa
por tanta vida desperdiçada.
E aquelas ondas, verdes como teus olhos,
ainda inundam os meus olhos cansados.
E o tempo, que volta assim,
poderia nunca ter passado!