CANTO AO MAR, DE DENTRO

Esvai-se o véu sonoro

cantando em chamas

ao silêncio lúgubre do farol

mantras em mantas de hissopo

purificando as doridas claves d’alma

restos de alvorada

para uma legião de tensas procelas

dissolvem-se as borrascas

ante a força de um pensamento

mas elas retornam em laminas

e cimitarras famintas

há volatilidade nos mares de dentro

quando os sonhos porejam o amor

quando n’alma

rochedos suplicam tuas cores,

suaves marés

sem volta

versos soprando quimeras

em conchas pulsantes, escarlates

colchéias vazias em litorais abandonados

tua voz , cantinela de riachos

sumindo em asas de areia

a imagem do teu sorriso

brinca no balanço das vagas

impresso na vastidão do mar,

irrequieto mar

intenso mar

triste mar,

de dentro.

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Davi Cartes Alves
Enviado por Davi Cartes Alves em 15/12/2010
Reeditado em 16/12/2010
Código do texto: T2674175
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