Amor, Venha !

Evaldo da Veiga

Venha, gosto de você sempre presente,
chegando ao momento da ternura e do desejo.

Amo passear nesse teu corpo suave e de explosão...

Entendo os teus sabores,
gosto de gostar dos teus gostos,
da tua leveza bem pura em efervescente
estado de cio.

Gosto dos teus atos em que estabeleces cumplicidade
de indecente beleza.

Nada é muito e nem pouco
somente na dosagem que você gosta e ama...

E, em você gostando e amando, amo também.

Você sempre em mim deságua em dós dois;
buscas o gozo em mim e também no teu próprio corpo,
e transferes o gozo auferido,
no corpo e no gozo de nós dois.

Às vezes é um pouco além, em uma arte da tua ousadia.
E eu amo tuas buscas e nelas regozijo-me,
porque são tuas, são de nós dois.

Entendo-te bem assim, você é assim
gosto que sejas assim,
exatamente como és.

Amo esta tua inocência experiente,
que conhece os caminhos do gozo e da doação.

És Santa nos momentos próprios,
mas não esvazias certos momentos
com Santidade imprópria, inconveniente...

É como és, exatamente assim,
és como devia de ser



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