AMOR QUE SE APAGOU

Tinham seus encantamentos,

Nos olhares, átos e segredos,

Euforias que nunca cessavam,

Pois se amavam em plenitudes.

O pôr do sól era o resplendor,

Pois viam suas transformações,

Sereno se ocultando até sumir,

Mas deixando cores extasiantes.

Nas flores inspirações e desejos,

Diante dos perfumes extasiantes,

Que atiçavam a mente em delírios,

E das pétalas tiravam seus suspiros.

Jamais supunham o amor arrefecer,

Até que um dia o fogo se apagou,

Restando cinzas que triste choraram,

Aguardando quietinhas ele ressurgir.

Presságios que corações já anteviam,

Pois os átos não tinham mais meiguices,

Nem olhares com lágrimas aconteciam,

Diante de sentimentos já com mágoas.

Um amor verdadeiro nunca se acaba,

Se restarem cinzas ainda adormecidas,

Que podem num assôpro ressuscitarem,

E as chamas reascenderem num delírio.

Este amor que tinha lindas expectativas,

Perdeu seus encantos e sorrisos se foram,

E mesmo as flores com suas cores e perfumes,

Se tornaram opacas e tristes adormeceram.

26-12-2010