Veja-me, vejo-te

Ao observar os pássaros nas manhãs

Vejo como são doces os seus movimentos

Lembram-me a aurora de dias com você

Lembram-me os seus olhos verdes

Oh... que toque fervoroso pertencia à suas mãos

Não toque a minha alma como come as cerejas

Não esmague as possibilidades de encontrar a paz

Somos dois seres amando, um universo inteiro...

O mundo respira como nós

Somos pertencentes a este elo de plenitude

Quero voar livremente na cidade

Como os pássaros que vejo agora, na manhã

Seremos dois apaixonados escrevendo nos muros

O retrato da nossa ânsia de viver

Vivamos, enrolando-nos como novelos de lã.