As Amoras...

Colhe-se as amoras enquanto ainda há orvalho

E elas estão frescas pela brisa da noite e da manhã.

O sumo escorre lentamente pela boca

Sorvido como bom vinho degustado...

Uma gota ardilosa escorre e cai

Em alvíssima veste

Transmudando-se em vermelha mancha

Como sangue sagrado... Consequência...

Marca indelével... Para sempre ficará!...

Enquanto vibra a doçura imensa deste êxtase

Um espinho fere e vai direto ao coração...

É o preço da Vida, da Felicidade,

De um instante louco de paixão!

(... ... ...)

Quebra-se o cristal: desfaz-se a cena.

Mas a gota de sangue permanecerá...

Nada mais será como era antes,

Mesmo nas noites encharcadas de luar...

Não há momentos loucos que não deixem marcas...

- Não há amoras suculentas sem espinhos...

E o sangue é aliança que não se apagará...

ESPERANÇA
Enviado por ESPERANÇA em 30/12/2010
Reeditado em 30/12/2010
Código do texto: T2699524
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